Melões contaminados nos EUA já mataram 15 pessoas.


É a pior intoxicação alimentar no país em mais de uma década

Pesquisadores ainda não descobriram como aconteceu o primeiro surto conhecido de Listeria em melões
Pesquisadores ainda não descobriram o motivo do primeiro surto conhecido de Listeria em melões (Joe Raedle / AFP)
Quinze pessoas morreram e 84 adoeceram nos Estados Unidos depois de comer melões infectados com a bactéria Listeria, procedentes de uma fazenda no Colorado (oeste do país), informaram autoridades sanitárias nesta sexta-feira. Os casos foram reportados em 19 estados.
A origem da pior intoxicação alimentar nos Estados Unidos em mais de uma década foi atribuída à fazenda Jensen Farms, um empreendimento familiar que solicitou a retirada do mercado dos melões contaminados, em meados de setembro. No entanto, os pesquisadores ainda estão tentando averiguar como a fruta foi contaminada, no que as autoridades descreveram como o primeiro surto conhecido de Listeria em melões.

Na quarta-feira, os Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) e a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos advertiram para um provável aumento das vítimas, devido ao longo período de incubação desta bactéria rara. Segundo eles, uma pessoa pode adoecer até dois meses depois de consumir um produto contaminado.

Embora os únicos melões infectados tenham sido cultivados na Jensen Farms e nenhum tenha sido exportado, o CDC pediu que os consumidores joguem fora as frutas se não tiverem certeza de sua origem. "Inclusive se você comeu parte do melão e não adoeceu, jogue fora o resto imediatamente. A Listeria pode permanecer no melão em temperatura ambiente e na geladeira", alertou o CDC.

A doença - A listeriose é especialmente perigosa para os idosos, pessoas com sistemas imunológicos debilitados e mulheres grávidas, nas quais pode provocar aborto espontâneo ou a morte do feto. 

A listeriose pode causar diarreia, febre, dores musculares e outros sintomas parecidos à gripe. Na maioria dos casos, a bactéria se propaga do intestino até a corrente sanguínea, mas pode ser tratada com antibióticos.

(Com agência France-Presse)
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