Peru descobre restos de 60 pessoas sacrificadas há mil anos


Arqueólogos escavam restos de pessoas sacrificadas há mil anos no santuário histórico Bosque de Pomac. Foto: EFE
Arqueólogos escavam restos de pessoas sacrificadas há mil anos no santuário histórico
 Bosque de Pomac
Foto: EFE
Os restos de 60 pessoas sacrificadas para cultuar um personagem do alto escalão da civilização Sicán, uma cultura pré-inca de mais de mil anos, foram descobertos no santuário histórico Bosque de Pomac, na costa norte do Peru, informa o jornal El Comercio neste sábado. Os achados foram realizados pelos pesquisadores peruanos Carlos Elera e José Pinilla em um sistema de drenagem a poucos metros do complexo arqueológico de Las Ventanas, em Lambayeque.


Os restos foram encontradas em uma enorme tumba com um buraco centralizado que mede 150 m² e 8 m de profundidade. As ossadas sem cabeça tinham oferendas ao redor, como crânios, pratos, cerâmicas e restos de cães e camelos.

Carlos Elera, diretor do Museu Nacional de Sicán, explicou ao El Comercio que os governantes da época podiam pertencer a linhagens de prestígio no âmbito setentrional andino (entre a cidade peruana de Piura e a equatoriana de Guayaquil). A população vivia nos vales de Lambayeque até Jequetepeque, na atual região de La Libertad, no Peru.

A cultura Sicán, ou Lambayeque, surgiu em torno dos anos 700 a 750 d.C. e se manteve vigente até 1375, com seu apogeu entre os anos 900 e 1100. A civilização rendia culto ao Senhor de Sicán, personagem da cultura religiosa de maior prestígio do norte do Peru durante 600 anos.

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