Depoimentos da guerra civil brasileira - Vídeos denunciam o massacre de Pinheirinho

No dia 22 de janeiro, a Polícia Militar de São Paulo (PMSP) e a Guarda Civil Metropolitana (GCM) da cidade de São José dos Campos, no estado de São Paulo, invadiram a ocupação conhecida como Pinheirinho para cumprir uma ordem de reintegração de posse expedida pela justiça estadual. A violenta desocupação da comunidade ficou conhecida como “Massacre do Pinheirinho” após demonstração de violência e brutalidade por parte das forças policiais na expulsão e intimidação dos moradores despejados em meio a uma imensa confusão judicial.

Mulheres com crianças no colo deixam suas casas com o fogo das barricadas atrás. Foto de RDTEIXEIRA para o blog Vírus Planetário, sob licença CC

O terreno do Pinheirinho, ocupado há 8 anos e onde vivem mais de 1500 famílias, ou algo entre 6 e 9 mil pessoas, pertence à massa falida do especulador libanês Naji Nahas e de sua empresa, Selecta. Nahas, que já chegou a ser preso pela Polícia Federal por crimes financeiros, passou a proprietário do terreno no início dos anos 80 embora não exista informação sobre como foi feito o processo de aquisição após o assassinato nunca solucionado dos antigos donos, em 1969.

O governo de São Paulo havia exigido a reintegração de posse em meados de janeiro e várias idas e vindas na justiça transformaram o caso numa grande confusão com o governo federal disposto acomprar e regularizar o terreno, mas com a prefeitura e o governo de São Paulo se recusando a cumprir o acordo.

Porém a ordem para a reintegração de posse do terreno foi suspensa quando o governo estadual e federal entraram em acordo para abrir uma janela de negociação de 15 dias para que a prefeitura local pudesse decidir se iria em frente com a reintegração ou transformava o terreno de mais de um milhão de metros quadrados em área de interesse social, passando então a titularidade para os moradores, em geral trabalhadores pobres e suas famílias.


Tropa de choque em posição de ataque. Foto do perfil @PinheirinhoSJC. Uso livre

O acordo, porém, foi descumprido e, sem nenhum aviso, a PM chegou ao local com um efetivo perto de 2 mil policiais fortemente armados, além de um número ignorado de Guardas Civis para desocupar o terreno. Como era de se esperar, houve resistência.

Mortos e Feridos

Não há confirmação oficial sobre o número de mortos ou de feridos. Por um lado a Polícia Militar e a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de São José dos Campos informa que são poucos os feridos e não há nenhum morto, mas as diversas imagens comprovam que ao menos o número de feridos é elevado. A Agência de Notícias das Favelas apontou em 7 o número de mortos, ao passo que a OAB da cidade fala em vários mortos, inclusive crianças., e moradores chegaram a aventar entre 3 e 4 mortos ao longo do dia 22 de janeiro.


http://pt.globalvoicesonline.org/2012/01/24/brasil-pinheirinho-massacre/ 


Lembremos, para sempre, Pinheirinho. Num país em que a desmemória é tanto uma política oficial de Estado como uma espécie de requisito para o exercício capenga e precário da cidadania, reiterar uma e outra vez o que aconteceu já é um primeiro passo. No dia 22 de janeiro de 2012, domingo, como naquele 22 de janeiro que, na Rússia, ficou conhecido como Domingo Sangrento, em São José dos Campos, São Paulo, aconteceu isto. 


http://revistaforum.com.br/idelberavelar/2012/01/27/o-massacre-de-pinheirinho-e-o-futuro-da-luta/



Ricardo Boechat, repórter honrado da tv Bandeirantes expõe sua opinião a respeito do assassinato orquestrado pelo governador de São Paulo (Geraldo Alckmin) ocorrido em Pinheirinho São José dos Campos-SP. Demonstra cooperação do Estado, Juízes e outras entidades do poder público

 



O Governador do estado de São Paulo, o Prefeito de São José dos campos, O Tribunal de Justiça de São Paulo, Toda a força policial, tanto da PM paulistana presente, quanto da Guarda Municipal, a direção inteira do hospital municipal de são josé, a mídia, em particular a Rede Globo, que escancaradamente foi o veículo oficial do Governo Paulista, TODO O CORPO JURÍDICO ENVOLVIDO NA REINTEGRAÇÃO DE POSSE, incluindo o ministro César Peluso, o Ministro Gilberto Carvalho,o ministro Eduardo Cardozo, todos, TODOS agindo a mando de Naji Nahas. 


A lista de assassinos de Pinheirinho não tem fim. Parem de procurar apenas UM culpado! REVOLTE-SE. Exija a justiça que nos é negada todo dia! Pelo fim do domínio dos banqueiros. Juntos nós podemos.


VEJA ESTE VÍDEO



Nas próximas eleições, todos devem se lembrar disto, não se deve votar em quem não respeita a dignidade de seu povo.


Célio
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